Refl. Ev. 1182 (Lc 7,1-10) 16/09/13
Jesus veio
para curar os empregados e os empregadores.
Quando
terminou de falar estas palavras ao povo que o escutava, Jesus entrou em
Cafarnaum. Havia um centurião que tinha um servo a quem estimava muito. Estava
doente, à beira da morte. Tendo ouvido falar de Jesus, o centurião mandou
alguns anciãos dos judeus pedir-lhe que viesse curar o seu servo. Quando eles
chegaram a Jesus, recomendaram com insistência: “Ele merece este favor, porque
ama o nosso povo. Ele até construiu uma sinagoga para nós”. Jesus foi com eles.
Quando já estava perto da casa, o centurião mandou alguns amigos dizer-lhe:
“Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. Por
isso, nem fui pessoalmente ao teu encontro. Mas dize uma palavra, e meu servo
ficará curado. Pois eu, mesmo na posição de subalterno, tenho soldados sob as
minhas ordens, e se ordeno a um: ‘Vai!’, ele vai; e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e
se digo a meu escravo: ‘Faze isto!’, ele faz”. Ao ouvir isso, Jesus ficou
admirado. Voltou-se para a multidão que o seguia e disse: “Eu vos digo que nem
mesmo em Israel encontrei uma fé tão grande”. Aqueles que tinham sido enviados
voltaram para a casa do centurião e encontraram o servo em perfeita saúde (Lc
7,1-10).
Numa leitura rápida e tradicional vemos um oficial romano
empenhado na cura de um servo querido. Além disso, o destaque cai sobre a fé do
Oficial que tem uma grande fé em Jesus.
Ele não se acha digno de receber Jesus em sua casa e contenta-se com uma
palavra apenas. Retorna para a sua casa com a certeza que o servo estava
curado. Verdadeiramente na hora exata em que ele manifestou a sua fé nas
palavras de Jesus o seu servo ficou curado.
Queridos leitores! Neste ano da Fé, temos necessidade de pedir ao
Pai que nos dê tamanha fé para podermos recuperar o vigor da nossa querida
Igreja. Não podemos apenas pensar que a fé é somente um dom de Deus. Além de
ser dom ela exige de nós que a cultivemos ouvindo a pregação da Palavra na
Santa Missa dominical e se possível, diariamente. Além disso, que meditemos
essa Palavra Divina, conforme nos ensina S. Paulo na sua carta aos romanos no
capítulo dez. Caso contrário, esse dom corre o risco de ser enterrado e morrer
por falta de zelo pessoal.
Fazendo uma leitura mais profunda do texto acima podemos entrever
Jesus manifestando o projeto do Pai que quer a cura do empregador e do
empregado. Ele não veio apenas para dizer que os trabalhadores são vítimas e os
empregadores são vilões, conforme uma mentalidade doentia que anda pelo Brasil
afora. Ele veio para curar os empregados doentes e os patrões doentes. Ele veio
curar empregadas e patroas e não apenas uma parte da comunidade.
Queridos irmãos e irmãs! Que a Palavra de Deus cure o coração dos
empregados e empregadas que somente querem seus direitos e não seus deveres!
Que a Palavra de Deus entre na vida dos patrões e encha-os de Fé em Jesus e
consequentemente, nos seus empregados! Que nas relações trabalhistas e humanas
haja respeito mutuo e interesse reciproco para que possamos progredir como
irmãos e irmãs queridos de Deus! Com essa visão, certamente superaremos a
dimensão escravagista de um explorando o outro e edificaremos a fraternidade
universal, onde um se empenha para o bem do outro, não importando se empregado
ou empregador.
Que o Senhor nos dê a graça de cultivar a Fé em Deus e assim
desenvolvermos relações humanas de respeito e ajuda mutua para o bem de todos,
conforme o projeto de Deus Pai.
Um abraço respeitoso a você meu irmão e minha irmã não importando
se você é empregador ou empregado.
Pe. Arlindo
Toneta – Pároco – Paróquia N. Sra. da Boa Esperança – Pinhais - PR
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