Refl. Ev. 1175 (Lc
4,38-44)
Com
palavras e gestos Jesus expulsava o mal.
Jesus saiu
da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo, com
muita febre. [...] Então, Jesus se inclinou sobre ela e, com autoridade, andou
que a febre a deixasse. A febre a deixou, e ela, imediatamente, se levantou e
pôs-se a servi-os. Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes, com diversas
enfermidades, os levavam a Jesus. E ele impunha as mãos sobre cada um deles e
os curava. De muitas pessoas saíam demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus!”
[...] De manhã, bem cedo, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões
o procuravam e, tendo-o encontrado, tentavam impedir que ele as deixasse. Mas
ele disse-lhes: “Eu devo anunciar a Boa-Nova do Reino de Deus também a outras
cidades, pois é para isso que fui enviado”. E ele ia proclamando pelas
sinagogas da Judeia (Lc 4,38-44).
Ao
sair da Igreja dos judeus, Jesus se dirige à casa de Simão e encontra a sogra
dele de cama, isto é, doente. Com o gesto de inclinar-se e mais a palavra cheia
de autoridade ele expulsa a febre e a mulher se põe de pé para servir. Além
dela Jesus impôs as mãos sobre diversos doentes e a todos curou.
Queridos
irmãos observemos Jesus saindo da Igreja e indo a uma casa de família. Na
família vai expulsando o mal de todos a fim de que todos possam segui-lo,
colocando-se a serviço da família e da comunidade.
Da
mesma forma nós seus discípulos missionários temos a mesma missão. Ir à Igreja
a fim de nos abastecer de Deus e do seu amor e em seguida retornar às nossas
famílias e vizinhos a fim de ajudar a todos os que estão doentes do corpo e do
espírito a fim de que os mesmos possam seguir Jesus e servir a família e a
comunidade. Mas curar a quem? A todos os que ainda não seguem a Jesus e não
servem a família e a comunidade. Todos estes estão doentes e podemos ajudá-los.
A
questão é como ajudar? Penso que o exemplo de Jesus é a dica maior. Podemos
ajudá-los com nossa palavra cheia de autoridade, isto é, de amor, e, sobretudo,
com nossos gestos concretos. A cura das pessoas, portanto, não é apenas tarefa
dos profissionais da saúde cubanos ou brasileiros, mas de todos os seguidores
de Jesus.
Quantas
pessoas doentes no isolamento com sentimentos de inutilidade! Como Jesus, podemos
usar as nossas mãos e braços, para acolher e as nossas palavras para falar-lhe
do amor de Deus. Com esses pequenos gestos muitos se colocarão de pé e
redescobrirão a alegria de servir na família e na comunidade. Se tivermos dúvidas
desse processo terapêutico podemos nos dirigir ao pessoal da Pastoral da
Acolhida, que certamente possuem belas histórias sobre essa verdade evangélica.
Sem
tirar o mérito dos fármacos, nós depositamos demasiada confiança neles e muitos
ignoramos o poder de cura que possuímos em nossas mãos e palavras. Se os
profissionais da saúde soubessem disso, certamente multiplicariam as suas
palavras e gestos de acolhida dos pacientes e talvez, diminuíssem o volume
absurdo de medicamentos prescritos, evitando, assim, muitos efeitos colaterais
desagradáveis.
Peçamos
a graça de descobrir a força do amor de Deus que está em nossas palavras e nos
nossos pequeninos gestos de acolhida, de atenção, de escuta e de valorização do
outro.
Pe. Arlindo – Pároco –
Paróquia N. Sra. da Boa Esperança de Pinhais - PR
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