A primeira misericórdia
Camilo
chamou às feridas que o torturavam, as misericórdias de Deus, porque
elas o ajudaram a se converter e santificar. A primeira misericórdia veio
logo após a morte do pai. Era uma chaga no peito do pé direito. Não a tratou
bem e ao invés a arranhava sempre. Infeccionou e tornou-se profunda e
incurável.
Um
dia, assentado à beira do caminho, viu passar - dois padres da Ordem
Franciscana. A modéstia dos religiosos o impressionou. Sentiu remorso da vida
louca e das aventuras que ia levando a dissipar dinheiro no jogo. Chegou mesmo
a fazer o voto de entrar para um convento franciscano. Dirigiu-se para Áquila e
foi bater à porta do convento de S. Bernardino. Expôs ao guardião Pe. Frei
Paulo Loretano, seu tio materno, todas as suas desgraças e o desejo de se
converter e fazer penitência. O tio franciscano ouviu-o comovido, mas, ou porque
a chaga do pé de Camilo o impedia abraçar a vida religiosa, ou porque julgasse
talvez uma veleidade de moço aquela vocação, não o quis receber.
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