São José, Esposo da Virgem Maria - Padroeiro da Igreja Universal, solenidade



Ofício solene próprio

No dia 19 de março, a Igreja celebra a solenidade de São José, com os títulos bonitos de Esposo da Bem-Aventurada Virgem Maria e Padroeiro Universal da Igreja. É diverso da comemoração de 1º de maio, quando o título é “São José, Trabalhador”, portanto, Patrono de todos os trabalhadores. A Igreja tem grande veneração, simpatia e confiança em São José, a quem Deus confiou “as primícias da Igreja”, ou seja, sua primeira manifestação e fruto, que é a própria Sagrada Família; esse núcleo inicial da Igreja foi confiado por Deus aos cuidados desse homem humilde, justo, trabalhador, esposo e pai responsável. Por isso, a Igreja também aconselha as famílias a terem especial devoção a São José, seguindo seu exemplo e confiando-se a sua intercessão.

A Igreja inteira se confia a São José: como ele foi solícito e vigilante protetor da primeira “Igreja doméstica”, ela continua a velar também sobre a grande família dos filhos de Deus, para que esta, com sua intercessão e ajuda, possa levar o bom termo a sua missão. Pouco conhecemos sobre a vida de São José; unicamente as rápidas referências transmitidas pelos evangelhos. Ele era um homem de uma grandeza interior: era "justo" (cf. Mt 1,19). Essa é a principal virtude que o caracteriza nos poucos fatos retratados nos evangelhos de Mateus e Lucas. A sua justiça não consistia na simples observância das letras da Lei, mas numa profunda escuta à vontade de Deus.

Essa nobre virtude de escuta da Palavra de Deus tornava-o patriarca do cristianismo, ou seja, aquele que vive a partir da “Obediência da fé” (Ef. l,5). Em nenhum momento ele fala, basta executar aquilo que Deus está querendo dele. Sua postura é de serviço. Jesus é a revelação, então, o papel de José é deixar Jesus manifestar-se no meio dos homens.

Deus se revela a ele (Mt 1,20-24). Faz entender que nada é impossível, basta acreditar. E foi isto que o levou a assumir todas as conseqüências daquela revelação, mediante um abandono à providência de Deus. Isto faz dele, não o companheiro de Maria ou simples pai adotivo de Jesus, mas principalmente o responsável pela efetivação da revelação de Deus (Rm. 16,25) que consistia na assistência direta ao Verbo encarnado: Jesus Cristo. Assim, sua fé era a única condição de possibilidade para enfrentar os problemas da vida. Dali em diante, sua vida de simples carpinteiro ganha um novo sentido. A vida é a mesma, a profissão também, mas na sua entrega, a nova humanidade estava surgindo. Esse tesouro os simples vêem (Lc. 1,41- 45). 

Neste tempo em que nos esforçamos por abraçar de maneira renovada, a missão de Igreja para sermos uma Igreja “em estado de missão”, é muito importante valorizar a presença de São José em nossas comunidades e, sobretudo em nossas famílias. São José, homem bom e prudente, homem santo, teve o olhar puro da fé sobre sua vida e os acontecimentos que o envolveram, foi inteiramente devotado a Jesus e Maria; também hoje ele está inteiramente interessado na família maior dos “irmãos de Jesus”, a multidão dos “filhos” que Deus confiou à Mãe de Jesus. Sua intercessão é preciosa e eficaz. Por isso cantemos e supliquemos: São José, a vós nosso amor, sede nosso bom protetor, rogai por nós, pelas nossas famílias e nossas comunidades!

[Pe. Gilmar Antônio Aguiar, M.I.]

SAV - Pinhais



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